Antes de falar do Canabidiol é preciso entender o uso e a importância dessa substância para o tratamento de diversas doenças.
Há muitos anos o uso de produtos derivados da Cannabis sativa é estudado para fins medicinais. Ao contrário do que muita gente pensa, o canabidiol não é a maconha em si – é preciso entender, desmistificar o uso e saber a importância dessa substância para o tratamento de diversas doenças.
Os dois produtos mais usados para terapias na medicina são canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC) – no uso terapêutico, a concentração utilizada não se compara a um cigarro de maconha. “A quantidade de THC nos remédios é de 0,3%. No cigarro de maconha, pode ter de 10 a 15%”, explica Dr. Renato Anghinah, coordenador do Curso de Medicina Canabinoide da EEP e Professor Livre Docente da FMUSP.
Diferentes dos medicamentos convencionais, o canabidiol quase não causa efeito colateral no paciente e nem dependência química – ao contrário do que muita gente acredita. Ou seja, é um produto que ajuda na prevenção do desenvolvimento ou combate de várias doenças, tem efeito terapêutico e não prejudica a qualidade de vida do paciente.
As indicações ,que já constam em consensos médicos, são a epilepsia ( que começou com a epilepsia infantil refratária o uso do canabidiol), epilepsia em adultos, autismo, dor crônica, como a fibromialgia, por exemplo; ansiedade e distúrbios do sono segundo o Dr. Renato Anghinah.
O uso de canabidiol não tem atuação direta nas doenças degenerativas como doença de Parkinson e Alzheimer; infelizmente, contrariamente ao que muitos propagam, ele não cura as doenças. No entanto, vários estudos mostram que ajudam a diminuir os sintomas de agitação motora e não motora e distúrbios comportamentais, o que já promove mais qualidade de vida aos pacientes e aos cuidadores.
Curso de Medicina Canabinoide, EEP, Escola de Educação Permanente, Especialização Médica.
por ANA CAROLINA LEONARDI